Escultura do Renascimento

Pietà, escultura renascentista de Michelangelo Buonarroti.

A escultura renascentista distingue-se da gótica essencialmente por deixar de ter a função de elemento ornamental, valendo por si mesma. Entende-se como um processo de recuperação da escultura da Antiguidade clássica. Os escultores encontraram nos vestígios artísticos e nas descobertas de sítios dessa época passada a inspiração perfeita para as suas obras. Voltou-se à representação do nu, as estátuas equestres foram retomadas, sendo exemplo de realismo. Também se inspiraram na natureza. Neste contexto se tem de levar em conta a exceção dos artistas flamengos ao norte da Europa, os quais, para além de superar o estilo figurativo do gótico, promoveram um Renascimento alheio ao italiano, sobretudo na pintura.[1]

O renascer à antiguidade com o abandono do medieval, que para Giorgio Vasari "fora um mundo próprio de godos",[2] e o reconhecimento dos clássicos com todas as suas variantes e matizes foi um fenômeno quase exclusivamente desenvolvido na Itália. A arte do Renascimento conseguiu interpretar a natureza e traduzi-la com liberdade e com conhecimento em múltiplas obras mestras.[3]

  1. Castelfranchi Vegas, Liana (1996) pág.43
  2. Sureda, Joan, (1988) pág.10
  3. Sureda, Joan, (1988) pág.13.

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